O que é neuromarketing e exemplos para inspirar
Com os avanços que as técnicas de exploração neurológica têm registado, surgiu uma nova especialidade que alia os conhecimentos das neurociências ao marketing: o neuromarketing.
Continue a leitura para compreender melhor as estratégias de neuromarketing e como o IPAM auxilia os profissionais do sector.
Em que consiste o neuromarketing?
O neuromarketing objetiva a antever como o consumidor se comporta, tendo como alicerce o processamento de informação pelo cérebro e o impacto emocional que o produto ou serviço causa.
Esta técnica recorre a biossensores, eletroencefalograma (EEG), rastreamento ocular (eye-tracking), softwares de reconhecimento facial e ressonância magnética funcional. Estas ferramentas permitem compreender melhor o comportamento do consumidor e obter resultados mais precisos.
As investigações nesta área tentam compreender os padrões de atividade neuronal que estão na base das respostas e comportamentos dos consumidores perante as marcas, de modo a conceber estratégias de marketing mais eficazes.
Conheça as 5 estratégias de neuromarketing mais eficazes
1. Tirar partido do poder dos neurónios espelho
Os neurónios-espelho ativam-se quando vemos alguém realizar determinadas atividades ou quando nos ligamos ao seu estado emocional. Por essa razão, muitas marcas procuram que os consumidores se identifiquem com os protagonistas dos seus anúncios.
A Lay’s é tem um excelente exemplo de neuromarketing: ao descobrir que as mulheres consumiam menos snacks salgados do que os homens, a marca concebeu a campanha “Only in a Woman’s World,” protagonizada por quatro mulheres com perfis distintos, com os quais as consumidoras podiam identificar-se facilmente graças à ativação dos neurónios-espelho.
2. Envolver os sentidos
Um produto não deve ser somente visualmente apelativo. No momento da compra, sentidos como o olfato e a audição também desempenham um papel essencial. Um estudo de neuromarketing comprovou que a música ambiente numa loja influenciava a escolha do vinho por parte dos clientes.
Outro exemplo vem da Cinnabon, franchising de pastelarias norte-americana que aumentou as vendas ao potenciar o aroma da canela nos seus estabelecimentos, pois este cria uma sensação quente e agradável que incentiva os consumidores a comprar.
3. Oferecer brindes
Uma experiência conduzida pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) revelou o enorme poder da palavra “gratuito”. Verificou-se que, independentemente das restantes ofertas, a palavra “gratuito” elimina hesitações e receios na decisão de compra.
Esta estratégia é amplamente utilizada para escoar stock e em supermercados, que criam pacotes de produtos de consumo habitual e anunciam que, ao adquirir um, o consumidor recebe o segundo gratuitamente.
4. Destacar a escassez e a exclusividade
A exclusividade estimula o desejo de aquisição. Por esse motivo, muitas empresas oferecem produtos ou serviços exclusivos que fazem os consumidores sentirem-se especiais.
A Apple, por exemplo, é uma das marcas que mais utiliza o princípio da exclusividade nas apresentações dos seus novos produtos para impulsionar as pré-vendas. O nosso cérebro tende a perceber que uma oportunidade é mais valiosa quando a sua disponibilidade é limitada, estabelecendo uma relação linear entre a escassez e o seu valor.
Além disso, quando um produto é exclusivo ou de edição limitada, as opções de venda tornam-se reduzidas, gerando uma sensação de urgência e incentivando a compra por impulso.
5. Desenvolver o sentimento de pertença
Uma investigação realizada na Duke University demonstrou que, ao sentirmos que possuímos um bem, o seu valor aumenta aos nossos olhos. Outro estudo publicado na Harvard Business Review mostra que 95% das decisões de compra são tomadas de forma subconsciente, evidenciando a importância das emoções e do neuromarketing no processo de compra.
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