IPAM prevê regresso do consumo de Natal aos níveis de 2010
De acordo com o estudo do IPAM que se realiza desde 2009 e que analisa os hábitos e comportamento dos consumidores relativamente às compras de Natal, em 2017, os portugueses vão gastar mais dinheiro do que nos últimos sete anos. 377,4 euros é valor médio estimado para os gastos com as compras de Natal, um montante muito próximo ao do ano passado.
Se tivermos também em conta os dados de 2014 – ano em que de acordo com a análise do IPAM os portugueses gastaram menos dinheiro com o Natal (271, 80 euros), podemos ainda aferir um crescimento na ordem dos 43% nos níveis de consumo desta época do ano.
Considerando que este estudo é realizado, anualmente, pelo IPAM, desde 2009, é possível fazer uma comparação dos dados e observar que o consumo no Natal tem vindo a aumentar sucessivamente desde 2014 (de 2009 a 2014, os valores do consumo no Natal diminuíram) e que, neste momento, a despesa média regressa aos valores de 2010.
No que diz respeito à tipologia de produtos a comprar, o estudo do IPAM constata aquilo que tem vindo ser a tradição em análises anteriores. Assim, as crianças continuam a ser a razão de ser dos presentes de natal para a maior parte da população portuguesa – nos agregados familiares com descendentes (53%), os filhos são em 100% dos casos contemplados com presentes de Natal -. Para os mais novos, os portugueses optam maioritariamente por brinquedos (45,3%), roupas ou sapatos (21,8%) e livros (10%). No caso dos adolescentes (entre os 12 e os 18 anos), as escolhas recaem na roupa ou sapatos (31,2%), livros (15%) e acessórios (10,0%). Para os adultos, os presentes de Natal são roupa ou sapatos (35%), acessórios (21 %) e livros (13%).
Preço influência momento da compra dos presentes de Natal
O estudo do IPAM apurou também que mais de 70% dos inquiridos vão efetuar as suas compras durante o mês de dezembro, verificando-se, no entanto, um aumento relativamente ao ano anterior dos que pretendem iniciar as suas compras antes do último mês do ano, tendo a intenção de 16,5% em 2016 subido para 25,3% em 2017).
Estas compras antecipadas são determinadas pelo preço, quer seja no que diz respeito a “encontrar melhores preços” (30%), a “aproveitar promoções como Black Friday” (26%) ou a “aproveitar promoções ocasionais” (22%).
Em relação ao local para a realização de compras de Natal, este tem sofrido alterações nos últimos anos, tendo vindo a aumentar a intenção de compra através de meios online. Regista-se um aumento do número de portugueses que opta simultaneamente pelas compras nos centros comerciais e pela internet (2% em 2009 e 6,5% em 2017) ou ainda mesmo exclusivamente pela internet (1% em 2009 para 6% no presente ano).
Bacalhau continua a liderar as compras alimentares dos portugueses no Natal
O IPAM procurou ainda compreender o comportamento de compra dos portugueses relativamente aos produtos alimentares, tendo 63% da população afirmado que irá comprar bacalhau, 60,1% Doces típicos e 56,8% Bolo Rei.
O valor médio a gastar em bacalhau é de 91 euros, sendo este valor muito próximo do apresentado em 2016. Em relação ao tipo de bacalhau a comprar verifica-se que as opções dos consumidores recaem no bacalhau seco inteiro (65%).
O mês de dezembro é também a altura escolhida por 50% dos inquiridos para compra de bacalhau, sendo que 35% opta por comprar em promoção. O hipermercado é o local de compra selecionado pela maioria (65%), logo seguido do comércio tradicional (31%).